TEX WILLER

TEX WILLER
My name is Willer... Tex Willer !

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Um Texone Diferente

Sergio Bonelli deve ter concluído que valeu à pena esperar seis anos para publicar o Texone 15 (no Brasil Tex Gigante 009). E nós, texianos devemos estar exultantes com a magnífica revista que nos chega neste início de outono.

Em verdade, temos em mãos uma revista de alto nível, com a qualidade Mythos Editora, desenhos (marvel) Kubert e fascinante roteiro Bonelliano. Somando-se tudo isso à figura peculiar de TEX Willer, concluo sem medo de errar, que esta edição merece destaque em qualquer Biblio-TEX.

Se formos analisar os desenhos em si, não tem como não lembrar do Milazzo aqui, do Blasco ali, mas o Kubert é diferente e vai além. Principalmente no início da história, quando inova em TEX, com quadros de vários tamanhos e formas. Perceberam que tem página com 8, 9, 10 quadros? Assim o enredo flui mais compacto, algumas ações/reações ficam mais explícitas, através de expressões faciais detalhadas.

Reparem no detalhe quando Tex é jogado no precipício, que seqüência maravilhosa... e na página seguinte, o chapéu faz o mesmo caminho, entre quadros. Por mais acostumado que esteja com outras HQ, vendo isso em TEX, fiquei inicialmente intrigado, mas depois acostumei e repassei toda a revista, olhando os quadros e imaginando a profundidade do que estava vendo e tinha em mãos.

Nas 220 páginas da história, apenas 64 tem o formato natural dos Texones e TEX normais, com 5 ou 6 quadros por página, e o Kubert abusou de 3 quadros seqüenciais. Adorei! Convido aos amigos texianos folhearem este Texone e degustarem o trabalho com outros olhos, e terão uma grata surpresa. Em algumas tomadas, pensei que estava lendo um Tex, mas enxergava um Batman, um Tarzan, um Zorro.

Outra coisa engraçada e diferente são as sombras provocadas pelos chapéus, que parecem máscaras; e os bigodões daqueles senhores que ponteiam a história. Nessa revista, fazemos contato com personagens americanos, sob o ponto de vista de um americano. Soa diferente do que estamos acostumados.

Ah, dessa vez, ninguém pode reclamar que a revista largou tinta nas mãos, né mesmo? Pelo menos não aconteceu comigo. E o enredo é muito bom. Li tudo de uma só tirada, doido pra ver o final, e querendo que demorasse o máximo possível. Coisa de texiano!

Falou-se sobre a qualidade das figuras e da limpeza dos desenhos, devido ao fato de ser colorizado para lançamento nos EUA. Em minha opinião, mesmo assim, não ficou a desejar em nada, quando comparado com as publicações anteriores.

Como texiano que acompanha tudo que acontece ao nosso Tex, estou aguardando uma matéria sobre o lançamento do Texone nos Estados Unidos. Como terá sido o lançamento? As vendas atingiram a meta da Editora? Qual a repercussão na mídia especializada? Já é hora de publicar TEX em série na terra do Tio Sam?

Escrito por G.G.Carsan, João Pessoa, PB.

até a próxima...

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