TEX WILLER

TEX WILLER
My name is Willer... Tex Willer !

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

8ª. Expo –Tex de Jampa City

Relatório

A Expo-Tex começou de verdade no dia em que o grupo HQPB informou que realizaria o evento nesse ano de 2014 no Espaço Cultural José Lins do Rego, que sai de uma ampla reforma e, que estava garantida a parceria com a Expo-Tex, de forma que seria disponibilizado um stand de 9 metros quadrados. A partir daí, iniciamos os preparativos, que são principalmente: a) convidar alguns ícones texianos; b) conseguir material inédito para apresentar; c) separar a data do evento, de forma a ficar livre de trabalho, de vida pessoal e de problemas; d) divulgar.
Os contatos com a equipe do HQPB foram sempre os melhores possíveis, tudo que pedi foi concedido. Inclusive colocaram um sorteio online para distribuir revistas Tex e um livro Tex no Brasil – O Grande Herói do Faroeste para quem participasse e fosse o sortudo.
A divulgação foi realizada primordialmente na rede social facebook, pois a imensa maioria dos pards acessa diariamente esta ferramenta. Foi realizado um convite online, um cartaz online (que depois se tornou em impressão em banner), os marcadores de páginas alusivos ao evento, e dessa feita utilizamos páginas das revistas Tex com textos que remetiam ao evento (editamos os textos). Então, todos os dias publicamos uma página chamando os texianos para o evento, envolvendo personagens militares, o mago Yama e os quatro pards, geralmente com transmissão de mensagens por sinais de fumaça e por tambores. Há quem gostou dessa forma de divulgação e disse: gostei!
Fiz muitos convites para amigos estarem presentes, mas a correria do dia-a-dia, os compromissos assumidos, etc, impossibilitou que viessem aqui. Na verdade, dei tiros errados. Dois tinham viagem de compromisso no exterior e outros não puderam por problemas diversos.
No convite inicial coloquei que haveria estadia grátis para os pards que viessem de fora, mas devido a pequena quantidade dos que vieram de longe, não foi viável. Então parti para conseguir uma pousada de alto nível num preço camarada. A pousada Maré Alta, a 50 metros da praia, nova, bem equipada, de pessoas amigas aceitou uma parceria e fez preços bem em conta.
Há um bom tempo, o editor de Tex, Dorival Lopes, da Mythos Editora, informou que viria à Paraíba e assim fiquei mais tranqüilo, pois representava uma presença, uma participação de peso. Editor é uma figura sempre muito importante, pois é quem faz as revistas e tem sempre uma palavra, uma direção, uma definição.
O convite ao editor de cultura do Jornal da Paraíba Audaci Junior foi bem aceito e mais uma vez tranqüilizei, pois ele é um conhecedor de historias em quadrinhos, cineasta, resenhador, cronista, e ser o mediador numa mesa significaria um belo gol. Assim, marcamos uma palestra e conseguimos horário e espaço para realizá-la.
A cada dia novas idéias, formatando a palestra, cujo tema escolhido foi “Tex, do p/b às cores – tendências”, imaginando como expor as revistas, os banners. O banner do evento e o do Dia Nacional do Tex 4 estavam prontos, mas faltava algo. Resolvi então imprimir uma atualização do Precioso (pôster com 400 capas de Tex, de 2003) e nasceu o Super Precioso, com 500 capas, com medidas totais de 2,10 x 1,04, que certamente brilharia no evento. Fiz e divulguei uma programação básica para servir de roteiro para os texianos com ênfase na palestra, que seria um ponto alto.
O circo estava chegando e havia muito movimento, tanto dos artistas quanto da futura platéia, pois a vontade de participar era grande em toda parte e as seguidas postagens do HQPB confirmam isso. Pena que na hora H, surgem os apertos de toda natureza e muitos ficam na vontade. Mas para alguns é hora de superação, de persistência, de selar os cavalos e por o pé na estrada, ou melhor, pegar o pássaro-de-ferro.
O evento estava marcado para acontecer nos dias 1 e 2 de novembro de 2014. No dia 30 chegou o Presidente do
Clube Tex Brasil, Jessé Bicodepena, vindo de Alagoinhas, BA, exclusivamente para o evento. No dia 31 chegou o Editor Mythos Dorival Lopes, que se hospedou em minha humilde residência.  E no dia 1, bem no horário de iniciar o evento, chegou Robério Wilson e a esposa Tina, vindos de Ibicoara, BA. Os dois primeiros eu peguei no aeroporto e o último ficou a cargo do pard Flavio Alves, que buscou no aeroporto, levou na pousada e levou de volta para o evento – e depois adoeceu – gripe navajo –  e não pode mais ir ao evento – uma pena.
Para me ajudar no evento, convidei o pard Flavio Alves, que topou de primeira; convidei Raissa Lupe, que pensou e topou; convidei Gilson Galvão para ser o guia e parceiro de Dorival num passeio por Jampa City e minha esposa Linda para nos substituir no stand durante a palestra – para que todos os texianos pudessem participar. Assim aconteceu.
Na sexta de manhã levei o Jessé para conhecer alguns sebos (Sebo Cultural) e batemos perna pelo Centro, comprando alguns gibis antigos e olhando outras pilhas, muitos detonados. Tem poucos, pois o que é bom está nas mãos de colecionadores. Passamos na Livraria do Luís e conferimos as obras expostas lá. No início da tarde fomos para o aeroporto receber o Dorival Mythos e foi um momento muito ímpar: A Mythos, o Clube e o leitor se encontrando. Dali, descemos para a orla e paramos num shopping à beira-mar para almoçar. E a seguir fomos ver o que tinha da Mythos na prateleira da banca Viña Del Mar... e mais depois deixei o Jessé na Pousada e levei o Dorival para minha casa.
À tardinha fui com o Dorival no local do evento (antes passando na loja de fotografia para receber o banner O Super Precioso) e vi que estavam montando e limpando os stands. Tudo muito cru. Os 3 módulos que eu havia levado na quarta-feira estavam lá, no mesmo local, esperando para ser usados. Não havia nada a fazer e voltamos com o material para casa - banners. Passava da meia-noite quando terminei de arrumar o material para levar: pastas, mala e caixas com gibis e livros.

Sábado, 1 de novembro de 2014.
Acordei às 7:30 e o Dorival já estava de pé, vendo TV. Depois de um café reforçado, seguimos para o local do evento, antes passando na pousada para incluir na caravana o pard Jessé. Ainda passei numa banca de jornal para comprar o do dia. Havia uma matéria sobre o HQPB que citava a Expo-Tex e a presença do Editor Dorival Mythos. Seguimos para o local do evento. Uma vez lá, hora de transportar o material para o local do stand, no mezanino 1 do Espaço Cultural, utilizando a rampa 3.
Hora de trabalhar, arregaçar as mangas, suar um pouco. Prender os banners, forrar as mesas, distribuir as revistas. O material nacional consistia de número 1 de todas as coleções, os especiais, Tex 60 anos, livros do Civitelli, os Tex no Brasil 1 e 2, álbum de figurinhas, O Ídolo de Cristal (sempre presente), a caixa de Os Palheiros de Piracanjuba, etc. O material italiano constava de revistas normais e especiais e livros. Havia ainda revistas francesas e turcas. E da parte do Clube Tex Brasil, duas mesas para o material do clube, além de um módulo com os brindes já feitos (pataca, chaveiro, marcador de página, action figures do Tex). Tudo pronto! O relógio bateu 10 horas e os portões foram abertos. Ah, às 9 horas já havia gente na fila esperando a hora. Os anciosinhos.
Enquanto isso, o Flavio Alves estava fazendo o traslado de Robério Wilson e Tina, levando-lhes para a pousada e após a hospedagem, levá-los ao evento. E lá pelas 11 horas, chegou o pard ibicoarense e sua lilyth. Foi recepcionado com grande alegria - já parecia um membro da família.
O desenrolar de um Expo-Tex todos já conhecem, pois todo ano que realizo, faço um relato, e posso dizer, afirmando, que é tudo igual. Chega um pard para visitar, conversamos, fazemos uma foto, apresento o pessoal todo, a conversa engata... daqui a pouco este vai embora e pouco depois aparece mais um... e assim por diante.
Mas esta edição foi diferente porque bem pertinho da gente havia um stand onde o pessoal ficava cantando – karaokê – o tempo inteiro. Fiquei rouco nos dois dias e com os tímpanos aquecidos e cansados. Mas como bom texiano, agüentei até o fim. Houve muita reclamação. E porque tinha o Editor e o Presidente do Clube.
Lá pelas 11 da manhã, chegou o Gilson Galvão e depois de um tempo, levou o Dorival para um passeio pela cidade, mostrar a nova orla marítima e alguns monumentos. O Editor só retornou à tardinha, já na companhia da minha esposa (que ficou tomando conta do stand para que todos pudessem participar da palestra) ainda trazidos pelo Gilson. E às 18 horas iniciamos a palestra.
Foi dia de conhecer o pard Thiago Ferreira, que já comparece no facebook e havia prometido que dessa vez ia me conhecer e adquirir o seu livro Tex no Brasil 1. Ele parece mais o Gros-Jean, e como tal, é um doce de pessoa – com os amigos. Passou um bom tempo folheando, perguntando, falando, e repetindo que estava muito feliz de participar e emocionado de conhecer o Tex de verdade. Foi a senha para me conquistar. Fico sem saber o que dizer, ora pois...
À tarde chegou a Raissa Lupe, que se comprometera de ajudar, pois precisamos sair para almoçar, para ir ao banheiro, para dar um giro, etc. Hora ela, hora o Jessé, hora o Rob Will ficavam de olho no stand. Estiveram por lá o Jário e outros. Lógico que a simpatia, a simplicidade, o ar angelical da Raissa conquista a todos e foi engraçado de ver tamanha flor cercada por velhos e empoeirados pistoleiros, mas ela tirou de letra, somente soltando o seu riso.
O Jessé entregou os presentes ao Dorival (a pataca, o convite, a placa, a camisa, o jornal, o impresso). Fizeram fotos e tal.
Fiz um rolé pelo evento, fotografando e sendo fotografado, pois os cosplays são muito requisitados para fotos, principalmente as beldades. Pense nuns cabra aproveitadores! Mas sobra para os demais. Alguns visitantes querem foto com todo mundo fantasiado. Nisso, venho caminhando na companhia do fiel Rob Will pelo salão quando ouço no microfone principal uma voz feminina dizendo: “Tex! Tex! Vem pro palco... vai ter desfile agora... vem cá, Tex!”. Ali percebi o quanto vale à pena participar de um evento desse porte, pois todos estavam olhando na minha direção, ou melhor, na direção do Tex. Lembrei que já participei de um desfile assim há dois anos e depois de pensar alguns minutos, dirigi-me para o palco. De propósito, quis ficar por último, para marcar mais. Não deu certo, pois apareceu mais um depois. Mas tudo bem. Apresentei-me no palco, para todo o público ver o Tex. Você não imagina a ovação que surge lá da galera. Momento impar, importante, divulgação de massa.
O Audaci Junior, o Dorival e eu puxamos a turma para o auditório 2 onde haveria a palestra. Havia muita gente no local, mas também havia muitas atrações rolando e até ouvir o aviso da atração era complicado. E muitos que disseram que talvez comparecessem, não apareceram. Se metade dos que passaram pelo stand e esboçaram o desejo de participar viessem, seria auditório cheio.
Pedi que todos ficassem bem próximos da mesa pois não havia um microfone. O mediador Audaci abriu os trabalhos. Foi no gogó mesmo. Fiz uma rápida introdução ao tema, explicando o porquê da escolha, tendo em vista as mudanças ocorridas na SBE e fazendo uma antevisão do futuro digital.
Então Dorival falou das dificuldades de impressão em p/b atualmente, pois quando uma máquina velha quebra não tem peça de reposição, é feita uma gambiarra e uma hora não vai mais ter jeito. Falou que imprimir o material numa gráfica moderna vai onerar bastante. Durante meia hora falamos desse assunto. Passamos para as publicações atuais e as que podem vir por aí. Foi dito que Cassidy e Demian serão cancelados no número 5, em banca atualmente, devido as baixas vendas. Também foi dito que Zagor em cores está fora de cogitação. Foi debatido o Tex mensal em formato italiano, que será objeto de estudo, pois acarretará em resistência dos mais conservadores e também uma majoração do preço.
O debate foi aberto e os presentes puderam fazer perguntas ao Dorival, alguns fizeram ponderações em torno de suas objetividades, tentando fazer ver, ou tentando entender o ponto de vista editorial. Em determinado momento, Jário Costa externou o desejo da volta de Dylan Dog e ouviu do Editor que talvez ocorra, vai estudar. Aliás, é o único que pode voltar dentre aqueles que já foram publicados e cancelados.
A parte seguinte do debate foi uma apresentação de cada participante, para que desse o seu recado. A intenção foi que os pards que se deslocaram de longe e realizam algum serviço na área de HQs pudessem se apresentar e dizer o que fazem. Essa interação impede que alguém entre, participe e saia sem conhecer ninguém. Jessé falou do CTB, Marcos Guerra da sua loja K-Ótica e das suas produções (O Evangelho Segundo o Sangue); Bruno Wayne apresentou os Colecionadores de Quadrinhos de Timbaúba, e os colecionadores falaram de si e fizeram ponderações sobre o evento e a viagem para participar de um evento daquela magnitude – O HQPB.
Quando terminamos, houve a sessão de fotos, as conversas paralelas, as marcações de encontros, as trocas de cartões. E já de volta ao stand, ficamos a conversar e ver o movimento, até que às 21h, desmontamos o cenário e seguimos para os dois veículos que nos levaram para casa, antes passando num restaurante para jantar. Confesso que comi bife com batatas fritas e cerveja. O Dorival ficou só na cerveja e nas batatas, o Jessé só no bife e nas batatas. A minha Linda só nas batatas. Os demais não toparam sair. Na verdade o cansaço batia forte e no dia seguinte teríamos que levantar acampamento logo cedo.
Só que às 2:15h levantei dormindo, acordei, vesti-me e fui levar o Dorival Lopes no aeroporto. Ele precisou viajar às pressas. Mudou a passagem e tudo mais, pois o seu plano original era ficar aqui até a segunda-feira. Às 3:50 eu estava de volta à cama e dormi sonhando com uma tribo inteira de Apaches querendo o escalpo do Jessé e do Rob Will, e eu e o Dorival tentando salvá-los, mas o Chefe tinha predileção por carne nobre.
Domingo, 2 de novembro de 2014
Sabe o que é levantar às 7, todo cansado, corpo dolorido. Imaginem Tex que passa o dia sobre um cavalo, fazendo mil e uma peripécias e desviando de tiros. Mas depois do banho, do café, fiquei melhor. Aí vesti o manto sagrado dos texianos e não é que o cansaço passou. Até pensei, deve ser como o Peter Parker, que se transforma ao vestir a roupa, ou mesmo o Tony Stark.
Passei na pousada, o Jessé e Rob Will subiram a bordo e seguimos dispostos a tudo para o evento. Lá montamos tudo rapidamente, pois repetimos a montagem do dia anterior. Domingão, sol, a moçada demorou a chegar e o evento só bombou após o meio-dia com a chegada maciça dos jovens fantasiados com seus cosplays.
Quando chegamos já estava lá o vendedor texiano ambulante Iranildo Silva, com uma sacola de gibis para vender, trocar e umas doações. O Iranildo veio de Recife, não perde um evento. É um pard presente em quase todas as Expo-Tex. Por que será que alguns que moram perto não aparecem?
Uma alegria muito grande foi quando chegou o Pedro Arnóbio, texiano que já passou dos 80 faz tempo e após subir a rampa 3, emitiu um sorriso de contentamento. Acho que ele percebeu a minha alegria de revê-lo. Eu enviei o convite para ele duas vezes e não obtive resposta, e fiquei na dúvida se estava ferido ou morto em algum tiroteio nessas missões em que se mete constantemente.
A tarde foi passando e o cansaço aumentando. Alguns, tal qual o Carson, queria que terminasse logo. As crianças passavam no stand e eu distribuía capinhas do Tex no tamanho 3x4cm, para que levassem para casa e brincassem, para alguns dava uma, para outros até 3 (pois no final do dia ainda tinha bastante). Os pequeninos adoravam, já que não podiam levar uma revista. E os pais ficavam agradecidos, por verem seus filhotes ganhando algo.
O Jessé entregou os presentes do Clube para mim e as fotos foram feitas. Mais tarde coloquei a minha pataca de Ranger (veja em algumas fotos) e todos puderam ver que eu realmente pertencia ao Comando dos Rangers do Texas. Também ganhei um presente de caricaturista William Medeiros, que me trouxe um Tex bem estilizado e pelo qual agradeço aqui, segundamente.
Estiveram por lá o Manoel Asevedo, Fred Vale, Adauto, Val Fonseca, o Zé do Ouro (Guarabira), que levou filmadora e gravou o local e o pessoal. E fato engraçado foi que a pequena Isadora foi no sábado quando o Tex estava na palestra. Não deu pra esperar e ela fez a mãe prometer que voltaria no domingo, pois queria uma foto com o Tex. E cumpriram a promessa. Foram no domingo e ela teve o prazer de fazer duas ou três fotos com o Tex e ainda ganhou um marcador, capinhas e um abraço, além de muitos agradecimentos pela sua persistência. Vai ganhar umas revistas Tex logo logo. Depois ela perguntou: Quando será a próxima? E registrar a visita da professora doutora Alessandra Franca, que sempre vai ao evento com os pequenos Davi e Theo, prestigiar o Tex e iniciar os filhos na cultura local.
Um fato curioso ocorreu com um cidadão que chegou no stand e ficou folheando o Tex Contra Mefisto (publicado em Portugal com ajuda do pard Zeca). Quando me aproximei ele se mandou. Pouco depois ele passou novamente e ficou a folhear sem retirar do local. Dessa vez não me mexi, mas fiquei de olho. Ele se foi. Mas tarde, ele retornou, deu mais uma folheada, olhou em volta, percebeu que eu lhe observava e por fim, pegou a revista, levantou e perguntou: Quanto é?
Durante toda a tarde ocorreu o desfile dos cosplays pelos salões, cada um mais ousado, mais bonito, mais diferente, mais esquisito... tinha pra todos os gostos, mas havia alguns que eram de tirar o fôlego. Os que se aproximaram do stand posaram para fotos com o Tex. Foram muitos. Deixem-me elogiar algumas garotas que estavam belíssimas. Todos os machos queriam fotografar com elas. E havia o cosplay do Homem de Ferro, azul, muito bem trabalhado. Posso afirmar que foi a edição do HQPB em que havia mais candidatos de alto nível.
Quando o concurso terminou e fez-se a premiação, já passava das 20h e o evento começou a esvaziar. Ocorreram assim as despedidas de muitos pards, que partiam saudosos e prometendo um reencontro o mais rápido possível – como sempre.
Aos poucos desmontamos, eu e o Jessé, o stand e arrumei as revistas. Restamos nós dois e a Raissa. Depois de algumas viagens, carregamos todo o acervo. Revezamos no transporte até a entrada do Espaço, para que as caixas e banners não ficassem sozinhos. Busquei o carro no estacionamento e embarcamos. A Raissa iria de taxi, mas resolvi levá-la em casa, em agradecimento por ficar até o final durante os dois dias de evento.
Após deixar a Raissa, tomamos o caminho da praia e passamos por lugares pitorescos, mostrando ao Jessé as praias do Cabo Branco, Tambaú, Manaíra e finalmente lhe deixei na pousada.
Quando desci do carro e pisei no chão, aí sim, senti que estava terminada a 8ª. Expo-Tex de Jampa e que o dever estava cumprido. Caí na cama pouco depois, cansadão, mas feliz.
No dia seguinte, à tarde, fui até a pousada, minha Linda foi junto, pegamos os visitantes baianos e fomos para o Centro de Artesanato e Feirinha, onde compraram lembranças para os parentes e amigos. Compramos revistas, fotografamos, comemos. Na hora certa, dirigi para o aeroporto, para embarcar o Presidente Jessé Bicodepena de volta a sua terra. Chegamos bem na hora e ele partiu. Então convidei Rob e Tina para virem até minha casa e passamos algumas horas papeando sobre gibis, dia-a-dia e comentando o evento, para mais tarde sairmos e devorarmos uma super pizza regada com mais papo e até um chopp. Depois lhes deixei na pousada, já armando a despedida no dia seguinte.
Tina confessou que gostaria de ir na Praia do Jacaré, ponto turístico imperdível. E na tarde do dia seguinte, às 14:30 cheguei na Pousada para irmos ao Jacaré. Lá, o forte é o artesanato e o pôr-do-sol com o som do Bolero de Ravel e logo depois a Ave Maria das 6 horas. Mas eles viajariam às 17:50 e não seria possível. Fomos lá para conhecer e comprar mais presentes. A Tina saiu carregada de mantas, redes, passarinhos, gaiolas, e o Rob Will carregando tudo nas costas. Dali, tiramos em linha reta para o aeroporto, onde nos despedimos com juras eternas de novos reencontros.
Agora sim, parti de volta pra casa com a certeza do dever cumprido. Só faltava arrumar a bagunça da bibliotex, que estava de pernas pro ar. Mas sempre tem mais...
Aí na tarde de 3ª. feira chegou uma caixa vinda de Milão. A SBE enviou um material espetacular para expor, (que eu havia solicitado) mas não chegou a tempo, por atraso depois que adentrou no Brasil. Material que será exposto nos próximos encontros, tendo inclusive alguns brindes que enviarei (cards com capas texianas) para os pards presentes no evento ao longo desse fim de ano, como card de Natal. Veio da Itália para expor: A coleção completa de Tex Gigante Colorido 1 a 25, a coleção Tex e El Morisco - 5 volumes, os cards com capas de Tex, algumas sacolas da Sergio Bonelli Editore e um DVD com imagens em alta resolução de diversos desenhistas, com autorização para reproduzir na medida em que desejar, para trabalhos de exposição e divulgação.
Elenco alguns pontos positivos da Expo-Tex, para que os pards sintam o que acontece:
Pontos positivos:
1 - A divulgação que se faz um mês antes do evento;
2 – A reunião dos amigos em torno do Tex durante dois dias;
3 – A visibilidade que o Tex tem durante o evento;
4 – A vinda do Editor Dorival conhecer o pessoal e falar bastante sobre os processos editoriais;
5 – A colaboração dos texianos durante o evento, sempre prontos a ajudar;
6 – A parceria com o HQPB renovada e importante para os dois lados.
Pontos negativos:
1 – Não termos revistas Tex pra vender no evento, e num próximo prometo pensar nisso.
2 – Muitos colecionadores ou somente leitores de Tex que habitam em João Pessoa não comparecerem.
3 – O barulho que se fez nas proximidades prejudicou a nossa comunicação com visitantes.
4 – O local do stand ficou deslocado do eixo do evento.

Agradeço de forma muito ampla e verdadeira ao HQPB pela parceria, incentivo, auxilio e amizade que se confirma e amplifica a cada evento, e fora dele, de forma que já não existe HQPB sem Tex e a Expo-Tex fica muito maior e vistosa quando realizada dentro do eventão de cultura pop da Paraíba. Meu obrigado ao Janúncio Neto, a Isabela Farias e Márcio Albuquerque, e a todos que compõem o HQPB.
Agradeço também aos que se fizeram presentes no evento, principalmente os que vieram de suas cidades distantes ou próximas.
Agradeço ao Dorival Vitor Lopes, que se deslocou de São Paulo para participar do evento.
Agradeço ao Audaci Junior, pela participação na palestra.
Agradeço a Maribel (Pousada), Igor (módulos), Zé Carlos (Espaço Cultural), Ângela (Câmera Shop), Gilson e Flávio (traslados).

João Pessoa, 09 de novembro de 2014
G. G. Carsan

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